16.6.16

Um elétrico chamado esperança

Esperava na estação um elétrico
chamado esperança. 
Não tinha destino, mas sabia,
para onde quer que fosse,
nunca poderia chegar. 

Segurava um balão de oxigénio
com um fio que asfixia. 
Parecia que nada lhe chegava 
a tocar, imune que era
a qualquer dor.