10.5.13

Acordar


Quando, um dia, acordou, estava despenteado, a barba crescida e suja, o corpo amachucado. Dizia agora a toda gente que estava velho. Ofereceram-lhe uma camisa, um casaco. Reaprendeu a andar, a fazer-se gente. Disseram-lhe que o melhor era que falasse. Ele abriu portas, revelou-se. Pouco importava que ninguém o quisesse ouvir. Já tinha passado o tempo de viver adormecido.