15.3.12

Sede

Regressou mais tarde à cidade, nesse dia. Passava já da hora de jantar e a fome misturava-se com uma ânsia qualquer de vida. Era a sede.

No café do costume, sentou-se ao balcão e pediu algo para comer. E beber. Não passaram muitas horas para que acumulasse uma considerável soma de garrafas na sua conta.

A sede tomava conta dele em noites como essa. Não era uma necessidade de álcool, nem uma compensação de faltas acumuladas. Era apenas uma corrida contra o tempo, como se o mundo fosse acabar, como se o mundo precisasse, mesmo, de acabar. Era a sede.